Cremação: Como Funciona, Quando e Como Fazer

A cremação é uma escolha de muitas pessoas, até mesmo em vida. No entanto, esse processo levanta muitos questionamentos e costuma ser motivo de discordância entre os responsáveis pelos procedimentos após o óbito.

Existem diversas particularidades relacionadas a cremar um corpo, e entendê-las é essencial para descobrir se essa é a melhor opção, e principalmente se é possível! Confira os detalhes neste artigo.

O que é e como funciona a cremação?

A cremação é, em resumo, o procedimento que reduz um corpo a cinzas por meio da queima em alta temperatura. É uma alternativa ao sepultamento tradicional e pode estar relacionada a questões religiosas, ambientais, econômicas ou simplesmente é executada por preferência pessoal.

A maneira como é feita a cremação, no entanto, ainda é algo pouco explicado e se torna uma incógnita para quem opta por esse processo. Veja o passo a passo abaixo e entenda como funciona:

1. Identificação e preparação do corpo para cremação

Nessa etapa, o corpo já passou pela preparação básica (tanatopraxia) e velório, caso seja o desejo da família. Transportado para o crematório, é devidamente identificado e separado para aguardar o último adeus na cerimônia de cremação, armazenado em uma câmara fria. Vale apontar que, de acordo com a legislação brasileira, só é permitido cremar no mínimo 24h após o óbito.

Após todos os procedimentos burocráticos, a liberação é feita e o corpo é transportado por um elevador para o local da cerimônia, que dura em torno de 30 minutos. Passado o tempo, ele torna a descer e tem sua identificação verificada novamente.

O início da preparação se dá pela retirada de objetos metálicos em geral, tanto do corpo quanto do caixão. É importante certificar-se de que o corpo não tenha marcapasso ou outros tipos de próteses ou aparelhos, já que a bateria pode gerar reações indesejadas no momento da cremação.

Feito isso, o corpo já está pronto para cremação.

2. Cremação

Com a câmara (popularmente conhecida como forno ou retorta) previamente aquecida, um único caixão é posicionado para a cremação. As temperaturas variam entre 800 e 1300ºC, e o processo dura por volta de 2 a 3h, a depender do tamanho e do peso do corpo.

Os gases gerados pela combustão são transportados para outra região do forno e queimados novamente, para evitar contaminação. Só então eles são liberados pelas chaminés.

Quando a queima é finalizada, como o corpo humano é constituído basicamente por água, há uma desidratação completa e restam alguns fragmentos ósseos e cinzas no fundo da câmara. Há, então, um resfriamento desse conteúdo por até 1h.

3. Processamento dos restos

Ao contrário do que se sabe e diz comumente, as “cinzas” não são somente os restos da cremação. Quando o processo de resfriamento termina, as partes de ossos são processadas em um equipamento chamado de cremador e transformam-se em um pó muito fino.

Esse pó é unido às poucas cinzas restantes no forno e, então, esse composto todo é coletado em recipiente apropriado (que já pode ter sido escolhido anteriormente pela família) e novamente identificado para evitar equívocos.

4. Entrega das cinzas

Após alguns dias ou semanas a família é chamada para fazer a retirada das cinzas no crematório ou cemitério, e pode dar o destino que desejar para esse conteúdo.

Há quem queira armazená-lo em uma urna e manter em casa, há quem abra o invólucro e espalhe as cinzas em algum lugar especial, enterre ou até plante algo junto.

Outra possibilidade é adquirir um nicho cinerário em um cemitério vertical, onde as cinzas poderão ser armazenadas e disponibilizadas para homenagens vindas de parentes e amigos.

Quem pode ser cremado?

Em suma, a cremação é uma possibilidade para qualquer pessoa. No entanto, existem alguns detalhes técnicos pontuais envolvendo crenças, legislação e questões médicas que podem impedir ou complicar o processo. Confira:

1. Restrições religiosas e/ou culturais

Algumas religiões não permitem que seus fiéis sejam cremados, pois cultuam o corpo como algo sagrado, o que faz com que sua queima seja vista de maneira desonrosa. Alguns exemplos são o Judaísmo Ortodoxo, o Islamismo e o Cristianismo Ortodoxo Oriental, como a Igreja Grega e Russa.

No caso do Hinduísmo e do Budismo, a cremação é amplamente praticada. No entanto, há seitas e grupos determinados que não permitem. O mesmo vale para algumas tradições locais e regionais específicas de quaisquer lugares do mundo, que podem ter preferência por enterros ou outros tipos de sepultamento.

2. Restrições legais

Quando ocorrem falecimentos envolvidos em investigações criminais que estejam em andamento, ou em caso de morte considerada suspeita, a cremação é proibida até a conclusão das investigações, já que o processo elimina toda e qualquer evidência que possa vir a ser utilizada no decorrer das atividades policiais.

Documentação inadequada ou insuficiente também pode impedir a cremação, já que não há como comprovar, por exemplo, identidade, autorização para realização do processo ou vínculo familiar claro entre a pessoa que se foi e o solicitante

3. Questões médicas ou de saúde pública

Apesar de o processo de cremação destruir todo e qualquer agente infeccioso, há momentos envolvendo a saúde pública que exigem precauções específicas antes da queima do corpo. São casos extremamente específicos, mas podem ocorrer em qualquer local.

Solicitação do serviço e burocracias

Assim como qualquer outro serviço, a cremação precisa passar por burocracias para que seja solicitada. A legislação a respeito disso, no Brasil, é extremamente rígida.

Após a apresentação dos documentos básicos, como a certidão de óbito assinada por um médico com a causa da morte claramente especificada e aqueles que comprovam o vínculo com a pessoa que se foi, há outros passos a seguir.

Existem planos funerários que cobrem os custos do processo e facilitam muito a questão burocrática, já que no ato da contratação toda a documentação necessária para autorização já é verificada e autenticada. Basta, portanto, seguir as instruções da empresa, cemitério ou crematório e tudo funcionará rapidamente.

Entretanto, quando não há essa comprovação prévia, só pode haver cremação se a vontade da pessoa houver sido registrada em cartório. Caso contrário, é necessário assinar uma documentação junto a médicos e testemunhas para deixar clara a responsabilidade acerca do ato.

Vale lembrar que trata-se de um serviço pago, então caso não haja plano ou outro tipo de benefício, é crucial confirmar quanto custa a cremação e quitar o valor logo antes do procedimento

Para mais informações sobre serviços funerários, cemitérios e outros assuntos relacionados, acompanhe o blog da Phoenix Memorial!

Durval Tobias é especialista no segmento funerário, com uma carreira dedicada a cemitérios, crematórios, funerárias e planos funerários. Como Gestor Comercial, Consultor, Training e Palestrante, ele atualmente desempenha um papel crucial como Consultor e SEO na New – CCW Consultoria Cemiterial Ltda.

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